São Paulo - Com expansão em ritmo acelerado nos últimos anos, o segmento premium elevou a participação no consumo total de cervejas de 2% para 5% nos últimos 10 anos, de acordo com dados do setor, e se tornou a menina dos olhos das cervejarias. O espaço para crescimento ainda é alto, na comparação com mercados desenvolvidos, onde o consumo atinge de 15% a 20%.
Para o professor Roberto Nascimento, do núcleo de estudos do varejo da ESPM, o aumento do consumo reflete não somente os efeitos econômicos, mas também uma nova postura. “A mudança de hábito do consumidor brasileiro fez com que este segmento crescesse. O consumidor está mais consciente e inteligente”, afirma. Em sua avaliação, o segmento deve chegar a 8% do consumo total de cervejas no final de 2012 e atingir 10% no término de 2013.
A análise de Nascimento parte de um cenário de crescimento anual de 40% do segmento premium contra 11% do mercado de cervejas tradicionais no intervalo de cinco anos. O badalado segmento, que apresenta em seu portfólio cervejas nacionais, como Bohemia, Eisenbahn e Original, e internacionais, como Heineken e Stella Artois, vai ganhar reforço no segundo semestre: a Proibida, da Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP), e a norte-americana Budweiser, pela Ambev.A Proibida preparou o terreno para a sua chegada ao mercado com uma arrojada estratégia de marketing, ao colocar em cena duas “tchecas”, personagens com os nomes de Dominika e Michaela, para divulgarem, implicitamente, a nova cerveja via blog “we luv Brazil”.
Com o sucesso, as personagens acabaram participando de um reality show no “Pânico na TV”, da RedeTV!, tudo isso sem conhecimento do público e em um programa patrocinado por uma outra marca de cerveja, a Skol. A Proibida entrará no mercado em julho, no Nordeste, e no início de agosto, no Sudeste. O objetivo é estar em todas as regiões em breve.
FONTE: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/cervejas-premium-sao-a-bola-da-vez
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