terça-feira, 17 de maio de 2011

Redes sociais, propaganda e a realidade brasileira.

Duas notícias ganharam atenção no meu reader há alguns dias. A punição que o Google americano deu ao Google japonês por pagar blogueiros por propaganda e o boato de que o Twitter começaria a cobrar por contas corporativas.
Prato cheio para alimentar a recorrente reflexão sobre redes sociais e propaganda.
Discute-se muito sobre utilizar as ferramentas proporcionadas pela web 2.0 como canais de interação e relacionamento com as pessoas ao invés de um canal de via única, como faz a propaganda.
Mas cabe aí outro questionamento.
A sociedade foi moldada à propaganda. Ela está presente há tantos anos que as pessoas estão acostumadas a ela. Mesmo com as pesquisas apontando que sua credibilidade cai gradativamente, ela tem história suficiente para fazer com que a grande massa compreenda, e de certa forma espere, que quando uma marca tiver algo a dizer, ela compre espaço publicitário. Faça propaganda.
Essa mesma massa, quando começa a usar a web com maior frequencia, é fascinada pelas ferramentas de uso pessoal que permitem interação e relacionamento, como o big shot brasileiro Orkut.
Natural que o processo de transição entre via única e via dupla de comunicação ocorra.
Mas se até a gigante Google ainda tem que repreender práticas de propaganda visando resultados a curto prazo, qual é a fina linha que divide a utopia de que a comunicação na web pode apoiar-se em relações públicas e a descrença de que o cenário brasileiro levará décadas para reverter esse comportamento imposto pelo costume?

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