quinta-feira, 26 de maio de 2011

Redes sociais dão retorno ao cliente?

Redes Sociais devem fazer parte de uma estratégia maior de presença digital, devem ser uma das ações dentro do ambiente online, assim como games, blog, otimização no Google ou presença em buscadores de preço.

Elas são o assunto do momento em todas as reuniões, palestras, workshops de que tenho participado nos últimos dois anos, por isso, falar aqui sobre esse tema não será nenhuma novidade. Mas o que tenho sido indagado pelos clientes é: Orkut dá retorno?
Existem números que comprovam que o brasileiro é realmente o povo mais apaixonado pelas Redes Sociais em todo o planeta. Somos o principal povo da principal rede do mundo, o Orkut; em pouco mais de um ano, o Brasil assumiu a vice-liderança no acesso ao Twitter, e recentemente uma pesquisa mostrou que já somos o segundo em acesso ao Formspring, rede que chegou sem muito alarde e foi crescendo, crescendo e já foi até plataforma de lançamento do Novo Uno (Fiat).
Como profissional de planejamento estratégico digital, sempre costumo dizer que, precisamos, antes, analisar o mercado e o cenário, para depois pensar na ação e aí, então, pensar no retorno dela. Por isso, separei aqui um vídeo para vocês sobre as Redes Sociais no Brasil, feito pela agência Click; são números que começam a defender uma estratégia de ativação nas redes.

O Brasil sempre foi um país de grandes contrastes. Enquanto há pessoas comprando um carro de 3 milhões de reais, outros passam fome. No mundo online o contraste não ficou longe, afinal, ao passo que somos o país com maior potencial para ações online e mobile, acredito que temos os gestores mais temerosos em todo o planeta.

A grande maioria das grandes marcas não está na web; claro, elas tem site, mas em tempos de web 2.0, consumidores gerando conteúdo, vídeos, fotos, celulares, games, blogs, ter um site deixou de ser presença digital, afinal, como sempre digo, o site é apenas a ponta do Iceberg.

As agências começaram a planejar ações para suas marcas que tinham como grande foco as Redes Sociais, afinal, se o consumidor está no Orkut, é lá que as marcas devem estar. Mas, volto à questão: Redes Sociais trazem resultados? Em quanto tempo? Como medir? Essas três perguntas estão na boca de qualquer gestor de marca, se eles vão investir 10 ou 100 mil reais em uma ação, querem saber o que isso trará de retorno.

Acredita-se que uma ação de Rede Social sozinha não traga grandes retorno ao cliente. Retorno dá, claro, mas não espere que uma ativação no Orkut ou alguns posts no Twitter resolvam um problema de vendas do cliente; importante dizer que não é porque 55 milhões de pessoas estão nas redes que todas vão acessar o perfil da BMW no Orkut ou da Coca-Cola no Facebook. Redes Sociais são feitas por pessoas que têm um interesse em comum, e o consumidor de Coca-Cola pode não ser o mesmo da BMW e vice-versa.

Redes Sociais devem fazer parte de uma estratégia maior de presença digital, devem ser uma das ações dentro do ambiente online, assim como games, blog, otimização no Google ou presença em buscadores de preço.

O consumidor está em vários pontos de contato na web em busca de relacionamento, pesquisas e novidades; logo, a marca tem que estar nesses pontos, afinal a melhor maneira de encontrar o consumidor é ser encontrado por ele.

Uma promoção no Twitter pode gerar resultados imediatos a marca, como qualquer promoção, mas não se pode acostumar seus seguidores com promoções em cima de promoções, ou a marca vai ganhar seguidores apenas atrás de um brinde e não com a intenção de compra; para ações que se medem retorno, as vendas são o 1º, mas não único, fator a ser analisado.

Muitas ações em Redes Sociais ainda dependem da mídia de massa, desde comerciais na TV ao banner na home de portal; esses investimentos aumentam os gastos da marca, logo, é necessário vender mais para cobrir o investimento e ainda fica a dúvida: será que a ação sozinha traria retorno, ou as vendas foram geradas pelo estimulo da mídia de massa?

Na minha opinião, e nos últimos 12 meses, meu blog foi um caso de aprendizado. Redes Sociais dão retorno, sim, desde que o projeto seja de longo prazo, a marca gere conteúdo relevante e se preocupe em se relacionar com o consumidor primeiro, para depois lhe oferecer um produto. Com essa ação de longo prazo, e que tenha conteúdo, as marcas vão conseguindo mais seguidores, seu site será mais acessado e com isso será mais relevante para o Google, aumentando o Page Rank e melhorando a posição na busca natural. Mais pessoas vão indicando a amigos o site ou produto.

O gestor, mensurando cada passo do internauta, vendo o sucesso da marca na web, começa a querer investir mais no meio, assim, campanhas de Links Patrocinados (uma ação para respostas rápidas) são colocadas no ar, essa ação gera mais resultado e, com isso, sites e portais (compra de banner) entram no mix de comunicação digital da marca. Através das Redes se entende a cabeça do consumidor (fator de eterna busca pelos profissionais de planejamento) e pode ser criado um até um game baseado no desejo de interação do consumidor com a marca.

Percebe como tudo é um ciclo e que para as Redes Sociais darem retorno ao cliente elas devem fazer parte de uma estratégia global de presença digital da marca? Mas no paradoxo da comunicação, dando ou não resultados, estar nas Redes Sociais é imprescindível, tem que estar, porque se o Google ainda é a primeira fonte de busca de uma marca pelo usuário, as Redes Sociais são a segunda.

As Redes Sociais começam a "andar sozinhas" quando a marca já possui milhares de seguidores fieis que seguem, interagem, conversam e repassam as informações que a marca produz para sua rede de amigos; por exemplo, o Danilo Gentili (CQC) tem aproximadamente 670 mil seguidores no Twitter; nesse caso só o microblog deve gerar resultados, pois em um show que ele faça em São Paulo, onde cabem 100 pessoas no Teatro, por exemplo, um Tweet dele dizendo que dará o show consegue vender todos os ingressos em minutos, não apenas pelos 670 mil seguidores dele, pois nem todos são de São Paulo, mas a quantidade de RTs (retweets) que ele gera faz com que em poucos minutos milhares de pessoas sejam impactadas e com isso comprem os ingressos do show dele.

Danilo Gentilli, e podemos aqui tratá-lo como uma marca, não passa o dia se vendendo; ele é bem ativo em seu Twitter e passa mais tempo publicando uma piada, brincando com os outros membros do CQC, falando de coisas do cotidiano do que sobre seus shows; por ser um comediante, e hoje estar entre os principais do país, tendo a força do CQC ao lado (com mais de 320 mil telespectadores), ele consegue estar entre os principais nomes do Twitter em termos de seguidores do país; entretanto, para uma marca chegar a isso, ainda vai levar muito tempo.

Talvez, um exemplo de ROI sobre Redes Sociais seja o caso da Dell. Em 2009, a empresa fez um estudo que o seu Twitter economizou 4 milhões de reais em ligações do Call Center em todo o planeta; a Dell também vendeu muitos computadores pelo Twitter, mas para ter o número de seguidores que eles têm (DellOutlet com mais de 1,5 milhão de seguidores), suas ações geraram mídia espontânea em vários veículos do mundo. Mais uma vez, vemos o apoio da mídia tradicional as ações de Redes Sociais, mas dessa vez, sem gastar nada em veiculação.
Em resumo, Redes Sociais sozinhas não geram um retorno satisfatório às marcas. Em alguns casos, mal pagam o investimento que feito, mas como já disse, estar fora da web é perder um enorme potencial de relacionamento. Ah, claro, de vendas também.

FONTE: http://www.tecmedia.com.br/novidades/artigos/redes-sociais-dao-retorno-ao-cliente

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