quarta-feira, 2 de março de 2011

Há muito a fazer antes de virtualizar estruturas internas.

Ainda é grande o receio das empresas quando avaliam a possibilidade de investir em infraestrutura e capacitação dos colaboradores para usar sistemas virtualizados. A modernização da estrutura de TI esbarra em antigas questões, segundo o analista da Forrester, Andre Kindness, no estudo "The Data Center Network Evolution: Five Reasons This Isn’t Your Dad’s Network”. Se há duas décadas os problemas giravam em torno da otimização das estruturas estáticas para introdução de serviços dinâmicos, como VoIP (transmissão de voz sobre redes IP), os desafios atuais demandam por automação e otimização para apoiar as tecnologias de nuvem e de virtualização.
Possivelmente, assim que se ouve o termos “modernizar” ou “atualizar”, o pensamento se volte automaticamente para a substituição de CPUs amareladas e equipamentos ultrapassados. De fato, até o momento, a modernização sempre foi algo nesse sentido. Mas estamos diante da necessidade de outro tipo de atualização. Virtualizar um ambiente nada tem a ver com as demandas impostas por implementação de serviços VoIP.
Antes de tudo, é preciso cuidar da capacitação dos colaboradores para exercerem suas funções em um ambiente digital diferente e uma mudança no fluxograma interno da empresa. Quem antes se reportava de forma vertical ao CIO da organização, agora deverá passara a interagir com outros colaboradores em uma rede horizontal.
Depois, cuidar da rede atual.
O que motiva a adoção de plataformas virtualizadas? Economia. Resposta dada por 82% dos entrevistados pelo analista da Forrester. A fórmula é simples: menos servidores, menores despesas. Todavia, é aconselhado verificar se a conta fecha, depois de contabilizados investimentos em suporte, backup e manutenção.Talvez por isso, quase 70% das empresas pesquisadas tenham dito que os planos para virtualização devem permanecer com o status de “plano sem previsão”.
Se quiserem realmente virtualizar a estrutura interna em direção ao uso da nuvem, a Forrester aconselha às  organizações a implementação de ao menos cinco modificações nas redes atuais.
Um upgrade na conexão, quase sempre, será necessário. Mas qualquer investida minimamente séria em virtualização, terá que unir as operações de armazenamento, de virtualização de servidores e de integração de serviços na nuvem. É diferente de só aumentar a largura de banda.
Segundo a Forrester, as redes devem ser transferidas para uma trama única _ o  que inclui o uso de servidores de alto desempenho e de fibra ótica.
Outros investimentos necessários são:
1. Switches virtuais
Em média, cada servidor virtual atende a oito máquinas e, para o futuro, prospectam-se 30 ou mais clientes por servidor. A demanda por maior velocidade da rede na comunicação é tudo menos desprezível. Por enquanto, as tecnologias dominantes são de switches virtuais oferecidos pela Microsft, pela VMware e pela Cisco. Esta última estende sua oferta de switches virtuais para o Nexus 1000V – switch virtual com finalidades mais específicas.
Uma dica aos candidatos a virtualizar o ambiente é evitar o emprego de soluções proprietárias e pressionar os fornecedores por soluções robustas e padronizadas.
2. Switches híbridos
A rápida adesão às tendências de nuvem e de virtualização irá gerar ambientes densamente povoados por switches virtuais e físicos. Sobre o padrão dos protocolos, a Forrester revela que vê dois padrões como sérios candidatos a assumir a liderança: usados pela Cisco e WMware, o VNTag ou 802.1Qbh, como também é conhecido é um deles. O outro protocolo, potencial candidato a se tornar padrão nos ambientes virtualizados é o VEPA (virtual ethernet port aggregator), apoiado por empresas como a IBM, HP e Intel. Segundo Kindness, autor do estudo, os dois protocolos devem conversar bem entre si.
3. Armazenamento via Ethernet
Nos últimos três anos, muitas empresas migraram do modelo de armazenamento em rede (SAN) para alternativas de fibra ótica e iSCSI. As vantagens de tal migração refletem no emprego de uma rede cabeada única e no baixo custo. Kindness  acredita que, além dessas tecnologias, o modelo FCoE (Fibre Channel over Ethernet – canais de fibra sobre ethernet) também é promissor.
4. Infraestrutura de rede híbrida
No lugar de redes segmentadas, em que uma parte dá conta da conectividade e outra se encarrega de armazenamento, a Forrester prevê uma infraestrutura híbrida, capaz de alternar entre uma tarefa e outra rapidamente. Nesse modelo, o tráfego da rede deixaria de ser unidirecional e passaria a fluir entre todos os participantes (servidores, clientes e demais servidores).
5. Automação
É um ingrediente fundamental, eleito para dar conta da administração de todos os componentes.
A atualização da estrutura de rede deve permear a agenda de todos os CIOs, e, assim que todos os recursos exigidos para uma transição segura estiverem disponíveis, a jornada rumo aos universos da computação em nuvem e da virtualização poderá começar.

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