segunda-feira, 25 de julho de 2011

PRINCÍPIOS GERAIS DA CRIATIVIDADE.

No campo da criatividade não há regras fixas, a não ser o conhecimento profundo do produto, de seus concorrentes, do mercado e do consumidor. Dessa constatação nascem os princípios gerais que a seguir serão analisados.

Segmentar corretamente:
No campo da propaganda pode-se chegar a todo mundo caso se disponha do orçamento adequado; caso contrário é mais prudente ir por partes. Se o orçamento de uma campanha é limitado, melhor será persuadir um segmento do público que a compre, do que diluir o orçamento em toda a população.

Às vezes se pretende chegar a todo o público alvo mesmo que para isso seja preciso reduzir a força da mensagem a limites inoperantes. Assim, vêem-se spots, ou anúncios, que nunca convencerão ninguém, embora repetidos diariamente.

Prender a atenção:
Com exceção das crianças, as pessoas atentam pouco para a propaganda. Por isso é tão importante que o anúncio prenda a atenção desde o primeiro momento.
Em televisão, por exemplo, está demonstrado que um spot consegue atrair a atenção do espectador durante os primeiros cinco segundos, ou nem isto. E o mesmo acontece com os outros meios de divulgação. Se a manchete ou a ilustração de um anúncio nos jornais ou revistas não consegue captar imediatamente a atenção, o leitor virará a página sem ter lido. É evidente que a força de comunicação de uma ilustração está em sua capacidade de prender a atenção de imediato.

Buscar o destaque:
As pessoas estão sobrecarregadas e intoxicadas pela propaganda. Basta ver a televisão, ouvir o rádio, folhear o jornal ou as revistas, andar pela rua, ir a um cinema, entrar num supermercado, ou abrir as caixas de correio para comprová-lo. Isso significa que é imprescindível buscar o destaque, não só com relação aos produtos competidores, mas também com relação às demais companhas publicitárias. E é mais rentável destacar-se fazendo alguma coisa diferente, do que simplesmente investindo mais. Portanto, é necessário inovar, evidentemente de forma relevante e pertinente para o produto.

Pensar no simples:
A propaganda não dispõe, geralmente, nem de muito tempo, nem de muito espaço: os anúncios de televisão medem-se em segundos e os da imprensa em centímetros. Por isso a campanha mais efetiva é a que segue a regra de quanto mais simples, melhor.

Manter o bom gosto:
Em propaganda nunca se deve perder o bom gosto. É preciso pensar que o consumidor muitas vezes é um amigo ou parente, a quem não gostaríamos de desagradar ou ofender. Não importa qual seja o público alvo que recebe a mensagem, visto que o bom gosto é patrimônio de todos.

Persuadir com paciência:
A propaganda é antes de tudo persuasão. A campanha deve convencer o consumidor das vantagens físicas ou emocionais do produto. Pode-se mudar a atitude das pessoas, mas nem sempre com sermões de vinte segundos. A persuasão exige tempo, geralmente maior do que aquele empregado para ler 30 ou 40 palavras.

Eliminar freios:
As pessoas têm medo de se enganarem quando tomam suas decisões sobre compras, sobretudo quando se trata de produtos de preço elevado. Portanto, a campanha deve ajudar a eliminar este ou qualquer outro possível freio, para que a motivação de comprar seja mais forte do que o medo de enganar-se.

Ser memorável:
As pessoas confundem muitas idéias parecidas, e depois não se lembram bem de nenhuma. A pesquisa prova que, em setores de forte investimento as pessoas recordam algumas marcas e slogans, mas confundem-nos às vezes entre si. Isso significa que muitas vezes se está fazendo propaganda em benefício de um competidor, ou no melhor dos casos, do setor em vez do produto.

É preciso criar anúncios memoráveis, que possam ser recordados até bastante tempo depois, é que a relação marca-slogan seja inseparável.

Construir a imagem de marca:
A imagem de marca é como a personalidade do produto, e por isso, se o produto fosse uma pessoa, caberia a pergunta: que tipo de pessoa deveria ser? Cada campanha ajudará a construir essa personalidade.

Muitos produtos são escolhidos exclusivamente em função da marca, já que é materialmente impossível distinguir suas qualidades intrínsecas. Algumas bebidas alcoólicas, como Gim ou Rum, são usadas em mistura com refrigerantes.

Em um teste cego realizado entre várias marcas, foi difícil distingui-las. No balcão do bar, porém, as diferenças comandam as preferências. Isso significa que, além de sabores, muitas vezes saboreamos imagens.

Conseguir impacto social:
Toda campanha pode ir além de seu objetivo e alcançar um determinado impacto social. As campanhas não são feitas para que as pessoas falem delas mas, se tangencialmente se consegue isso, facilita-se o trabalho da empresa em toda a área comercial, como o relacionamento com os bancos, os fornecedores e a administração.


Criar um ativo de comunicação:
As melhores campanhas são as que se mantém ano após ano, acumulando um ativo de comunicação que as torna cada vez mais efetivas, mantidos os mesmo objetivos. As boas campanhas não se queimam. O que se queima são algumas peças individuais, como um spot, uma ilustração ou uma página de jornal. Há muitos anos uma empresa de cosméticos repete: “nove entre dez estrelas de cinema usam Lux”. Contudo, cada ano, surge uma nova estrela, a campanha parece renovada. Quantos anos faz que vaqueiros e cavalos constituem o reclame da campanha dos cigarros Marlboro?


Esses são exemplos de ativo de comunicação. A forma de consegui-los é manter a campanha durante anos, corrigindo quando muito o ângulo de perspectiva e atualizando, quando necessário, as peças da mesma. Às vezes não é fácil, porque há pressões para mudar, vindas de uma vindas de um novo diretor de marketing ou uma nova equipe de propaganda. Certos gerentes julgam que uma agência só justifica seus honorários se concebe uma criação diferente a cada ano. Essa postura, entretanto, é cada vez menos frequente, porque cresce a consciência de que não se pode jogar fora o que se gastou durante anos, em esforço de propaganda e em investimento.
Transparência é tudo
 
Imagine a cena: de sua janela no escritório, você vê um homem sendo seqüestrado. Você tem o celular na mão e pensa que deve ligar imediatamente à polícia. Mas, temeroso da reação que sua mão terá a tão terrível notícia, acaba não mandando que ela tecle os números. As empresas andam fazendo isso sem perceber.


Grandes ou pequenas, criativas ou conservadoras, online ou desplugadas –não importa o perfil das empresas e como se posicionam frente ao mercado—, as organizações sofrem uma epidemia que mina suas mais importantes reservas de energia. O problema é a falta de comunicação interna. Trata-se de questão relegada a segundo plano ou, pior, nem observada pelos executivos.


Comunicação interna, para a esmagadora maioria dos gestores e até para o pessoal de comunicação e marketing, é o similar empresarial do desastroso discutir a relação dos casais de namorados: uma chatice infindável que leva a lugar algum.


Claro que a impressão é falsa, tanto no caso dos enamorados quanto dos executivos. O problema não é tão chato e, cada vez mais, está na ordem do dia de empresas que vivem no equilíbrio precário dos mercados que mudam rapidamente e o tempo todo. Chega a ser impressionante que companhias que pagam salários e benefícios crescentes desprezem seus colaboradores tão ostensivamente quando chega a hora de dizer o que acontece na organização.


As empresas, que em algum momento da indústria seriada de Ford chegaram a dividir tanto as tarefas em migalhas que seus empregados nem sabiam o que fabricavam, estão usando o mesmo tipo de estratégia para manter funcionários desinformados. Como querem que as pessoas trabalhem bem e assumam o norte magnético da companhia se elas não sabem para que lado remar?


Vamos ser mais prosaicos: como você fica sabendo que há uma crise em curso na empresa onde trabalha? Na imensa maioria dos casos é através da máquina de café. A rádio-cafezinho é o veículo por excelência das empresas. Sem dúvida isso gera todo o tipo de distorção e, mais tarde, de frustração: é usual que os empregados saibam a versão oficial através de fatos já passados, nos quais não podem interferir. Isto é, a verdade da companhia surge quando um departamento é desmantelado, gerências são demitidas ou o assunto vai parar na imprensa. 

Não é coincidência: trata-se de uma versão empresarial para o Mito da Amante, aquele que reza que a pessoa traída em um relacionamento amoroso é sempre a última a saber.

O curioso é que se comunicar com o público interno de uma empresa, por menor ou por maior que seja ela, é das tarefas mais simples. Afinal, as pessoas estão logo ali, você tem acesso a todas e a qualquer uma delas, e os métodos de comunicação são tão velhos quanto a invenção das empresas. Mas parece que, por isso mesmo, as organizações esqueceram a importância de ter seus pares bem-informados. E, ainda, que elas usam aqueles slogans batidos (o ser humano em primeiro lugar ou esta firma é a soma de seus colaboradores) só por usar.


Para fazer frente a este caudaloso rio de silêncio algumas poucas medidas podem ser tomadas:


- crie um ou vários canais de comunicação abertos, e bidirecionais, entre a mais alta gerência e todos os funcionários
- coloque na ponta superior destes canais o presidente da empresa. Executivos de médio escalão, contaminados eles próprios pela falta de informação, podem se sentir inseguros e estragar tudo
- dê a missão de informar o público interno a um profissional de comunicação (local ou terceirizado) que se dedique integralmente à missão de ser boca e ouvidos da empresa
- a empresa vai lançar um produto em coletiva de imprensa? Ótimo: faça no período anterior uma entrevista coletiva interna e não deixe seus pares conhecer a novidade no jornal de amanhã
- crie um house-organ colaborativo, em que qualquer um possa externar opiniões, na intranet da empresa. Faça com que ele seja pelo menos semanal
- crie jornais murais e uma versão mensal do house-organ em formato impresso
- acostume a alta gerência da empresa a ter encontros mensais, fora do local de trabalho, com os funcionários
- motive as pessoas a exercer a transparência, em todos os níveis da empresa, para manter funcionários atentos ao momento vivido
- use o email: faça webmarketing interno e preste rigorosa atenção às sugestões dos empregados
- premie boas sugestões e críticas bem-calçadas
- pergunte e estimule as pessoas a responder a verdadeira grande questão do momento: afinal, pra que servem os segredos?

FONTE: http://www.ifd.com.br/blog/publicidade-e-propaganda/principios-gerais-da-criatividade

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