A evolução e surgimento de novos dispositivos de consumo de conteúdo online é tão grande quanto a capacidade de adaptação exigida pelo mercado aos profissionais web.
Assim como a maioria dos sites fica muito grande em uma tela de celular, outros tantos ficam muito pequenos na tela de uma TV full HD de 40 polegadas.
Já não é novidade o relatório que a Gartner divulgou no início de 2010, prevendo que em 2013 o acesso mobile irá ultrapassar o acesso desktop, mas ainda não encontrei estudos indicando outras vias de fragmentação do acesso a conteúdo online.
Mesmo em um único tipo de dispositivo, às vezes é necessário disponibilizar o conteúdo de formas diferentes. Tomemos o YouTube como exemplo, que além de ter sua app para iPhone, também disponibiliza um site mobile. Somemos a isso seu tradicional site desktop, a app para Android e ainda outros tantos formatos, muitos proprietários, como os das smart TVs. OK, provavelmente para o Google, lidar com essa variedade de mídias não é tão problemático, com certeza eles possuem equipes dedicadas para cada uma delas. Mas e para nós, mortais?
Devido a essa migração do acesso, clientes e empresas desenvolvedoras terão que analisar bem em quais meios deverão investir mais. Claro, para muitos sites, bastará um bom sistema de templates para que se adeque, com algum sucesso, à maioria dos dispositivos. Mas, para sites mais complexos, o investimento será maior.
Podemos imaginar um e-commerce, onde a questão da usabilidade é crítica: além de uma fundamental adaptação à mobile, também precisará estar presente na TV interativa. Portais de notícias deverão estar atentos também; alguém que acessa a manchete da última corrida de Formula 1 via desktop ou tablet pode estar interessado em algo mais detalhado, já quem acessa via smartphone ou smart TV provavelmente apenas quer saber o resultado final da prova.
Uma luz no fim de túnel é a evolução do HTML. Será que teremos smart TVs também rodando, de forma nativa, aplicações neste formato? Voltando à Gartner: a consultoria prevê uma natural migração das apps de plataformas proprietárias para o HTML5. Isso faz todo sentido em época de cloud computing, open-source e Chrome OS, onde instalar um programa que funciona somente em uma única plataforma parece flashback dos anos 90.
Então com o HTML5 tudo vai ficar mais fácil, certo? Muita calma. Mesmo neste nirvana, com apenas uma plataforma pública de desenvolvimento, ainda teremos que lidar com outras questões:
· Grandes diferenças em resoluções e tamanhos de tela
· Tipos de interface: mouse, teclado, touch-screen, controle remoto, joystick, etc.
· Tempo que o usuário se dispõe a consumir determinado tipo de conteúdo.
Outras perguntas certamente aparecerão conforme a evolução e surgimento de novos dispositivos de consumo de conteúdo online. O que parece mesmo nunca mudar é o grau de capacidade adaptativa exigido pelo mercado aos profissionais web.
FONTE: http://webinsider.uol.com.br/2011/06/07/onde-estarao-os-nossos-usuarios-em-dez-anos
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