quinta-feira, 14 de julho de 2011

COMO É O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO.

Empresas devem entender diferenças entre os perfis de clientes para oferecer produtos adequados.

 

As franquias de alimentação têm apresentado um desempenho acima da média nos últimos anos. A quantidade de lojas do segmento cresceu 201% entre 2001 e 2010, enquanto o mercado de franchise alcançou 69% de expansão no mesmo período. Já o número de novas empresas especializadas em gastronomia aumentou 277%, comparado aos 209% de crescimento geral do setor.


O faturamento acompanhou os resultados. As franquias de alimentação viram suas vendas ampliarem em 359%, comparado aos 204% de expansão do setor. Os dados são de uma pesquisa realizada pela ToolBoox – Métricas de Ponto de Venda, para entender o perfil e o comportamento de consumo dos frequentadores de restaurantes de praças de alimentação de shoppings brasileiros.


Com o aquecimento do mercado, conhecer os principais atributos levados em conta pelos consumidores é essencial para se diferenciar. De acordo com o levantamento, realizado em São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Belém, Salvador, Recife, Goiânia e Porto Alegre, os problemas enfrentados pelos clientes em apenas uma loja franqueada podem afetar toda a rede.


Atendimento é maior reclamação

Dos entrevistados, 29% não voltariam a qualquer restaurante da marca, caso tivessem problemas em algum dos pontos de venda. “Quando somamos com os que deixariam de frequentar por um tempo, este número sobe para 42%”, explica Luiz Sedeh, Diretor de Desenvolvimento da ToolBox – Métricas de Ponto de Venda, em entrevista ao Mundo do Marketing.


Entre os principais motivos de reclamação, o atendimento é o maior. Segundo o estudo, 44% deixariam de ir ao restaurante caso fossem mal atendidos no local e 29% evitariam a unidade por um tempo. Já a limpeza é o atributo mais importante para 70% dos pesquisados. Mais da metade dos consumidores (59%) não voltariam à loja se observassem falta de higiene no local.


Para outra parcela, problemas deste tipo poderiam impactar a rede como um todo: 40% não frequentariam mais qualquer unidade da marca. O mesmo pode ser dito em relação à comida, já que 42% afirmam que a má qualidade dos produtos servidos é associada a toda a rede de franquias.


Qualidade e rapidez para conquistar clientes

O ponto de venda, como em todo o varejo, também é fundamental para as marcas de alimentação no momento de decisão de compra. Nos shoppings, a maioria (74%) dos consumidores opta pelo restaurante ao chegar à praça de alimentação. Dos que já escolheram o local previamente, 42% mudam de ideia.


O desafio para as empresas é como se destacar em um ambiente altamente competitivo. “Entendemos que a mudança de opção é causada, principalmente, pela visibilidade e as ofertas no cardápio. O tamanho da fila também pode afastar o cliente”, diz Sedeh, lembrando que 84% dos entrevistados não aguardam mais do que 10 minutos para serem atendidos.


O tempo de espera, inclusive, é um dos principais problemas a serem trabalhados pelas redes. “Não dá para ter fila. As empresas precisam criar esquemas diferenciados, especialmente nas horas de pico, que são o almoço e o jantar. 

O investimento em profissionais qualificados é essencial. O mínimo que uma pessoa que está no meio do trabalho quer é ser atendida com rapidez e qualidade. Isso conquista o consumidor de fato”, acredita Filomena Garcia, Sócia-Diretora da Franchise Store, em entrevista ao portal.


Novidades e produtos diferentes para cada perfil

O ideal é que os restaurantes conheçam o perfil do consumidor e criem estratégias baseadas nisso. De forma geral, quase metade do público pesquisado (49%) gasta em média mais de R$ 15,00 por refeição, o que pode mudar de acordo com o cliente. Enquanto 15% dos homens consomem acima de R$ 20,00, apenas 6% das mulheres atingem este valor.


As preferências também variam em relação ao sexo. Durante a semana, as mulheres gostam de refeições mais saudáveis e evitam carne vermelha, além de optar por locais que oferecem uma bebida incluída no preço. Por outro lado, os homens querem pratos bem servidos e combos de refeições com uma sobremesa.


Para se diferenciar, os restaurantes podem trabalhar ofertas e opções no cardápio, além da experiência no ponto de venda. O importante é criar uma conexão com o consumidor na hora da compra, entendendo o que o público quer e oferecendo produtos e preços de acordo com o perfil dos clientes.


Mesmo em uma praça de alimentação é possível se diferenciar na ambientação. O varejo tem que ser dinâmico, atualizar o cardápio, desenvolver um produto para o inverno ou para o verão. Dentro do próprio mix de produtos a marca pode tornar o que já existe em novidade, dando destaque aos produtos em determinados períodos.

FONTE: http://www.mundodomarketing.com.br/16,19415,como-e-o-comportamento-do-consumidor-na-praca-de-alimentacao.htm

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